Pensei em criar esse blog, depois que minha filha ficou doente e peregrinou por vários hospitais da cidade,até ser diagnosticada com Hipertensão Intracraniana, ou pseudotumor cerebral. Quem quiser saber o que é, há várias comunidades no Facebook onde conversamos sobre o assunto, que não será o deste blog.



Nessa experiência, passamos a viver dentro de hospitais, aprender a dividir o quarto com outro paciente, alterar todas as rotinas.



Uma das fugas pra agüentar a pressão, era escrever.



E são meus escritos que quero compartilhar com todos aqueles que se interessarem.



terça-feira, 2 de novembro de 2010

Saindo do quarto

Ficando mais  tempo, tu começas a conhecer a população do andar. A acompanhante do velhinho, que a família paga pra não ter que se ocupar cuidando dele; a esposa, cujo marido teve um AVC e faz tricô enlouquecidamente para passar o tempo; aquele paciente estranho, que operou a cabeça e já está caminhando, mas recebe visitas de duas mulheres diferentes??!!Nenhuma das duas parece a mãe ou a irmã  e ambas se despedem com beijinhos!!
A equipe de cada turno: a técnica simpática e a grossa; a fisioterapeuta eficiente e a que entra batendo o saltinho fino e tá ali mais cumprindo horário; a nutricionista, a moça da limpeza.
Importante: guarde bem o nome de todos eles, pois são quem você mais verá enquanto estiver lá, e é sempre gentil agradecer e chamar as pessoas pelo nome.
Aos poucos, começam a trocar historias de vida contigo. Uma tá com o filho doente em casa, mas está ali, cuidando da sua doença; outras, fazendo planos pra casar; o cara que sai correndo pra outro emprego.
A sensação é que se está vivendo dentro de um filme, que não queremos ver até o fim, mas não temos como sair.  

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