A gente revê muitos conceitos quando vê a vida escapando pelos dedos. Era essa a sensação que eu tinha. Via a Mari escapando da gente sem poder fazer nada. Nós estamos tentando superar tudo isso, mas não tem como apagar essa fase da nossa história.
O mais importante foi contarmos com o apoio de todo mundo. Isso é reconfortante quando estamos mais carentes e nos mantém conectados à realidade.
Nossa filha tem uma força inexplicável. Manteve a lucidez e a esperança, mesmo nos momentos mais difíceis. Ficamos muito felizes de ver que conseguimos passar pra ela os nossos valores e a vontade de viver.
Com essa experiência vimos que não somos nada nesse planeta. Somos um pedacinho do universo, falíveis e mortais. Dependemos uns dos outros e na doença ficamos completamente impotentes frente a ela.
Como diz a Mari: a rapadura é doce mas não é mole.