Pensei em criar esse blog, depois que minha filha ficou doente e peregrinou por vários hospitais da cidade,até ser diagnosticada com Hipertensão Intracraniana, ou pseudotumor cerebral. Quem quiser saber o que é, há várias comunidades no Facebook onde conversamos sobre o assunto, que não será o deste blog.



Nessa experiência, passamos a viver dentro de hospitais, aprender a dividir o quarto com outro paciente, alterar todas as rotinas.



Uma das fugas pra agüentar a pressão, era escrever.



E são meus escritos que quero compartilhar com todos aqueles que se interessarem.



quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Coração de pai e mãe dói

A gente revê muitos conceitos quando vê a vida escapando pelos dedos. Era essa a sensação que eu tinha. Via a Mari escapando da gente sem poder fazer nada. Nós estamos tentando superar tudo isso, mas não tem como apagar essa fase da nossa história.
O mais importante foi contarmos com o apoio de todo mundo. Isso é reconfortante quando estamos mais carentes e nos mantém conectados à realidade.
Nossa filha tem uma força inexplicável. Manteve a lucidez e a esperança, mesmo nos momentos mais difíceis. Ficamos muito felizes de ver que conseguimos passar pra ela os nossos valores e a vontade de viver.
Com essa experiência vimos que não somos nada nesse planeta. Somos um pedacinho do universo, falíveis e mortais. Dependemos uns dos outros e na doença ficamos completamente impotentes frente a ela.
Como diz a Mari: a rapadura é doce mas não é mole.

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