Pensei em criar esse blog, depois que minha filha ficou doente e peregrinou por vários hospitais da cidade,até ser diagnosticada com Hipertensão Intracraniana, ou pseudotumor cerebral. Quem quiser saber o que é, há várias comunidades no Facebook onde conversamos sobre o assunto, que não será o deste blog.



Nessa experiência, passamos a viver dentro de hospitais, aprender a dividir o quarto com outro paciente, alterar todas as rotinas.



Uma das fugas pra agüentar a pressão, era escrever.



E são meus escritos que quero compartilhar com todos aqueles que se interessarem.



sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

A última que presenciei

 Conheci a P,  a paciente do lado, baixou de urgência, veio de Canoas porque o médico havia feito reserva de leito pra ela, no nome dele, havia operado a coluna e ela vinha tendo dores de cabeça,  mas o dito viajou pra  Abu Dhabi pra ver o jogo do Inter, e faz três dias que a criatura está sendo mantida a Tramal.
Gente não morre porque é forte!!! Porque se dependesse dos médicos tava frita. E aí a paciente ta lá, o médico não tá, o marido já tá se irritando pois a criatura tá há cinco dias no  hospital e ninguém diz nada, e começam a chegar os tapa furos. Esses são os colegas que vão lá encher salsicha, dizer abobrinha e pensam que estão dando grandes informações.É incrível como os médicos ficam bitolados nas suas áreas. Eles não se dão conta de que tudo o que se quer saber é possível acessar no Google. Tudo bem que não temos o estudo, o conhecimento aprofundado, mas pra saber que cefaléia é cefaléia e que hepatite é hepatite, é só abrir a Wikipédia.
Os laboratórios agradecem muito, pois a quantidade de remédios que receitam e desreceitam e trocam, é o que paga as viagens pro Costão do Santinho, etc, com direito a tudo.
Incrível: seis médicos falaram com a P e nenhum olhou o fundo de olho dela. O mesmo que aconteceu com a mari, e só depois viram o edema no fundo do olho, diagnosticando o que ela tinha.

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